Exposição de Lenora de Barros reúne poesia e artes visuais na Pinacoteca
A Pinacoteca de São Paulo sedia a mostra “Lenora de Barros: Minha Língua” até 09 de abril de 2023, com cerca de 40 obras. A exposição com foco nas relações entre corpo e linguagem, da artista paulistana, tem relação estreita com a nova montagem do acervo do museu.
A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, sedia a mostra “Lenora de Barros: Minha Língua” até 09 de abril de 2023. Com curadoria de Pollyana Quintella, a exposição tem um recorte conceitual que foca nas obras que discutem as relações entre corpo e linguagem, num arco que agrega desde trabalhos do início da trajetória da artista até uma obra produzida especialmente para a ocasião, incluindo ainda produções icônicas como Poema (1979) e a série Procuro-me (2003).
As obras
Com cerca de 40 obras da artista visual paulistana, que usa a fotografia, o vídeo, a instalação e a performance como suporte, a mostra reúne peças como “Homenagem a George Segal” (1975-2014) – obra emblemática de Lenora, fruto de um trabalho escolar que criticava a sociedade de consumo tomando como inspiração as expressões das obras do escultor homônimo, além de apresentar um trabalho inédito desenvolvido para a mostra e intitulado “A cara. A língua. O ventre” (2022), um vídeo composto de três atos (em p&b e cor), no qual a artista explora diferentes situações com argila em diálogo com o próprio corpo.
A exposição foi organizada em estreito diálogo com a nova montagem do acervo do museu, que leva em conta que, em 2022, o Brasil celebra o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência. O diretor-geral da Pinacoteca, Jochen Volz, comenta a novidade. “Trata-se de ocasião propícia para, como propõe a instituição, olharmos criticamente para o legado dos modernistas e nos perguntarmos qual história da arte brasileira se deseja contar”, reflete.
