ODARA com o Duo ROSA AMARELA
O show ODARA é um passeio cultural entre “o sagrado e o profano”, com melodias e notas do repertório autoral do Duo Rosa Amarela, Pris Mariano e Rodrigo Di Castro.
Pris Mariano e Rodrigo Di Castro, apresentam a beleza da cultura popular brasileira, permeado pela simbologia dos Orixás e demais arquétipos que derivam de nossas influências culturais.
A dupla acredita que através da arte, promove-se a igualdade perante as diversidades, assim como o direito de exercer a fé, desmistificando conceitos preconceituosos. Entende-se que cultura é tudo aquilo que perpassa por nossa formação ética, educacional e de valor.
Como tradução sonora, o show ODARA traz à tona a CULTURA DE TERREIRO, tendo como influência rezas cantadas, aliadas à Música popular brasileira.
Assim, na visão da dupla, os casos de intolerância aliados à ignorância de pensamento, vem atingindo grupos que não podem manifestar sua fé. Ou seja: no Brasil atual, exercer um papel cultural que se deseja – neste caso por meio da música – é um grande desafio, mas ao mesmo tempo a maneira mais fácil, uma vez que a arte unifica linguagens e estreita caminhos.
No repertório, Pris Mariano e Rodrigo Di Castro, apresentam a beleza da cultura popular brasileira, permeado pela simbologia dos Orixás e demais arquétipos que derivam de nossas influências culturais.
A dupla acredita ser a música, uma grande ferramenta para ampliação de consciência, cristalizando pontes entre grupos de diferentes gostos e crenças.
Inspirando-se no perfume da cultura de terreiro, as canções do Rosa Amarela conseguem traduzir rezas em canto próprio, único e particular.
O Show “ODARA” tem como formação a presença da dupla Pris Mariano (vocais e direção artística) e Rodrigo Di Castro (vocais, cordas e direção musical) e dos músicos Jimmy Santa Cruz (baixo), Katy Moret, e Francisco Mariano (curimba).
Comentário do jornalista Roberto Carpilovsky a respeito do show ODARA com o Duo Rosa Amarela:
ODE À ESPIRITUALIDADE
Penso que minha vivência em outros segmentos das artes talvez não me credencie a transmitir, da forma que o
Duo Rosa Amarela merece, a experiência inédita que foi ter assistido a esse espetáculo no Teatro Rival Refit no
último dia 21 de abril.
Espetáculo na concepção mais abrangente que a expressão pode contemplar, mostrando a cultura de terreiro
num espaço notório por acolher respeitosamente a inesgotável diversidade de nossa cultura e de nossa sociedade.
Não digo pela voz majestática de Pris Mariano, pela destreza no violão do multi-instrumentista Rodrigo di Castro –
gaúcho, de Santa Maria –, ou mesmo pela cumplicidade e capacidade do casal em cooptar a atenção da plateia,
arrebatando seu crescente envolvimento e transmudando-a em um fiel coral de suas músicas – todas autorais – e
cânticos que vicejam com enorme força. Músicas, pois exprimem a combinação harmoniosa de sons.
E cânticos porque, da forma poética recitativa, ou sob a forma devocional, apresentavam as divindades mais
prestigiadas em nossos matizes de origem africana.
O naipe de músicos estava impecável, desde o maestro contrabaixista Jimmy Santa Cruz, o mago percussionista
Sandro Lustosa e o ritmado trio de curimbeiros de três gerações e colaborando nos vocais: o veterano Carlos de
Xangô, a também cantora Katy Moret e o talentoso e promissor adolescente e filho do casal, Chico Mariano.
Pris conversa para conhecer um pouco a assistência.
Quando adentra no campo de seu domínio maior, impressiona a potência e as possibilidades vocais que não
supunha encontrar em tratando de uma artista completa que somente naquele momento tive o privilégio de
conhecer.
Não apenas no propósito de mostrar o seu trabalho, esses artistas se divertiam e retribuíam o deleite da plateia
entregando mais verdade em sua proposta.
Vibravam os iniciados e os neófitos, irmanados pela atmosfera mística, espiritualizada e de inegável qualidade.
Os belos figurinos brancos – Elaine Hoffman e Dani Barreiro – espelhavam as cores correspondentes aos Orixás
mencionados, traduzindo a luz concebida por Pris.
Ao final uma luxuosa apresentação do bailarino Júnior Andrade, que também com atributo teatral trouxe um Ogum
em toda sua força e virilidade. Observando a propriedade exuberante de seu figurino, e a coreografia executada
vigorosamente, este número final revelou mais um talento de Pris, em hábil duelo com Júnior.
Aqui e ali ouvi comentários acerca da eventual semelhança entre Pris e Clara Nunes, sobre o que, devo dizer que
talvez se igualem no amor à arte, na seriedade de suas propostas e no branco sempre presente.
Mas Clara era única.
E Pris também é.
O lirismo é a mola mestra deste trabalho, que desfila uma feliz seleção de textos repletos de belas imagens,
metáforas e linguagem rica e evocadoras do contemporâneo, do efêmero, do eterno, da matéria e do espírito.
Na dinâmica são oportunizados ensinamentos e até mesmo lições que convidam à reflexão, que em determinado
momento musical fazem com que nos entreguemos a uma autentica meditação.
Pontuam aqui e acolá a importância do conhecimento, do respeito e da tolerância, fundamental no combate ao
preconceito com gênese na ignorância.
Essa dupla, de notável performance, tem contribuído – e muito mais há de contribuir – para a divulgação dessa
vertente musical tão encantadora e ainda desconhecida do grande público.
Pris Mariano – Vocais e direção artística
Rodrigo Di Castro – Vocais, Cordas e direção musical
Jimmy Santa Cruz – Baixo
Katy Moret – Curimba
Francisco Mariano – Curimba
Figurino: Elaine Hoffman
Look e Acessórios: Encantos da Cigana e Afrotik
Assistente de produção: Ana Vitória
Maquiagem: Luana Thimotheo
Técnico de Som: Léo Maia
Produção Executiva e Assessoria de Imprensa: João Luiz Azevedo
Tempo de Duração: 1h e 40 min | Livre para Todas as Idades
- Este evento já passou.
Detalhes
- Data:
- outubro 4, 2023
- Hora:
-
20:00
- Categoria de Evento:
- Programação
Local
- Teatro das Artes
-
Av. Rebouças, 3970
São Paulo, SP 05402-600 Brasil + Google Map - Ver site do Local