Humorista, publicitário e radialista, Júnior Soares é um profissional multifacetado.
Embora sua relação com o humor venha desde a infância, foi em 2014 que ele se rendeu à comédia stand up.
De lá para cá, conquistou a internet com suas piadas e arrancou gargalhadas pelas inúmeras casas de shows por onde passou. “Faço show até em velório”, brinca o comediante que também aceita convites para se apresentar em eventos corporativos, casamentos, festas de aniversário e confraternizações.
Em cartaz com “Falando Pelas Costas”, Júnior bateu um papo com o Viva a Cidade News sobre a carreira e o espetáculo. Confira!
Quando e como surgiu a sua relação com o humor?
Engraçado que desde criança gostava de programas de humor e achava demais reproduzir o que ouvia e via para fazer as pessoas rirem. Gravava fita k-7 imitando as brincadeiras do Café com Bobagem, brincava na sala de casa de “A Praça é Nossa” com amigos e primos.
Mas foi depois de adulto, conhecendo humoristas pessoalmente, que descobri que eu poderia levar isso a sério, contando piadas por aí.
Quando você decidiu fazer disso sua profissão?
Foi quando descobri o Stand Up Comedy.
Entre 2009 e 2010 tive programas de rádio, tanto na web, quanto AM/FM via satélite. Comecei ter contato próximo com humoristas, inclusive com o grupo Café com Bobagem. Tempinho depois fui convidado por eles para assistir ao show, até então, não conhecia o stand up.
Quando assisti e presenciei eles contando histórias cômicas e de cara limpa, vendo o público rir, comecei a me imaginar ali no palco fazendo o mesmo, e despertou aquilo que eu gostava de fazer quando criança. Tempos depois, fui buscar mais informações sobre o segmento até chegar na primeira oportunidade de subir ao palco.
Quais foram os principais desafios enfrentados até obter reconhecimento como comediante?
O desafio maior é fazer sua piada funcionar, e isso leva um tempo. Vai ajustando texto, testando suas piadas, a forma de entrega, até chegar no ponto onde você sente que deu cekrto. Daí com o tempo de vivência no humor e de experiência de palco naturalmente vem o reconhecimento, tanto entre os humoristas, quanto de público.
Qual você diria que é a receita para se destacar e fazer sucesso nesse ramo?
Primeiro de tudo, ser correto. Não copiar piadas de ninguém e ter ética no meio com os colegas e produções de shows, são receitas básicas! Depois, depende somente de você com seu trabalho para se destacar. No meu caso, além dos textos que tenho do meu show, criei um quadro interativo em 2017, chamado ‘Falando Pelas Costas!’, e este é um diferencial que tenho, onde venho tentando me destacar. Este ano, tornei este quadro em meu segundo show solo. Quem já assistiu pessoalmente ou até mesmo viu pelas redes sociais, sempre mandam muitos elogios. Só falta viralizar!!! (risos).
De onde vem a inspiração para produzir o conteúdo dos seus shows?
A inspiração pra mim e para todos os humoristas de stand up vem de experiências pessoais, ponto de vistas de fatos e notícias que convertemos em piadas.
Um dos pontos altos do meu show, é quando conto a passagem que tive pelo proctologista, e aí, falo de um modo distorcido e demonstrando as coisas que aconteceram no dia, a plateia começa ficar louca de tanto que ri… não sei se pela piada ou se estão se identificando com a situação (risos). E de fato, ouço uns comentando… ‘é verdade’… kkkk.
Você acredita que fazer humor se tornou mais difícil nos dias atuais, em função do “cancelamento?
Sim, demais. Parece que as pessoas estão mais sensíveis nos dias de hoje e não gostam quando pegamos algum tema e fazemos piadas. A internet também ajuda dificultar. Este é um lugar que tem que tomar cuidado com o que posta. Pra viralizar algo é difícil, mas pra cancelar porque afetou algo ou alguém, é um piscar de olhos. É preciso entender que piadas, são piadas e não ofensas. É deixar leve temas mais pesados ou até demonstrar que consegue superar algo difícil, tirando graça em algo que, talvez, tivesse tristeza.
Atualmente qual é o seu grande sonho ou meta na profissão?
Meu desejo é fazer com que meu trabalho possa chegar no maior número de pessoas possíveis, que elas assistam meus vídeos e desperte o desejo de ver e rir presencialmente, ou seja, seu eu conseguir com que pessoas queiram sair de casa para me assistir e com frequência, claro, renovando textos e ideias, pronto, meta alcançada. E assim, podendo fazer shows em outros estados e, quem sabe, mostrar minhas ideias na TV.
Que conselho você daria para quem está pensando em começar a trabalhar com humor?
Eu perguntaria: tem certeza? (risos). Primeiro tem que gostar e não ter medo. Saber que você não vai ganhar dinheiro no começo e nem depois… e bem depois, talvez. Mas na verdade, é algo muito bom. E pra começar, vá aos shows, estude os humoristas anotando ideias no caderno e construindo seus textos. Quando achar que tem ali uma apresentação de 3 a 5 minutos autorais, procure um espaço que abra oportunidades para novos humoristas e ‘mete a cara’. Dois ótimos lugares que abrem espaço: Beverly Comedy, em Moema, e Bixiga Comedy, na Bela Vista.
Atualmente você está em cartaz com o show “Falando pelas Costas”. O que você pode adiantar sobre o espetáculo?
Falando Pelas Costas foi um quadro que criei em 2017 e fazia no final de alguns shows. Este ano, depois de encerrar meu solo ‘Pronto, Falei!’ – show disponível no meu YouTube – converti o quadro em show. Nele, abordo assuntos relacionados ao tema, fazendo piadas com quem gosta de falar dos outros, trocadilhos e muita interação, antes mesmo de chegar no quadro final. Nos 20 minutos finais do espetáculo, levo duas pessoas voluntárias para o palco para fazermos na prática o Falando Pelas Costas. É um quadro com improviso e muito duplo sentido, onde um fala do outro. Explicando melhor: sempre haverá uma afirmativa em um telão ou TV no palco, um lê e outro não. Eu pergunto coisas relacionadas no que está escrito, sem falar o que é de fato, enquanto a outra pessoa só ouve e fica imaginando do que estamos falando, e isso provoca muitas reações divertidas. Quem quiser conhecer melhor, pode ver os vários vídeos disponíveis em minhas redes sociais – @juniorsoareshumor.
Você também faz shows em eventos fechados?
Até velório! (Risos). Sim, faço. Eventos corporativos, aniversários, casamentos. Imagina fazer um ‘Falando Pelas Costas’ com noivos ou padrinhos… ou então na empresa com diretor e um gerente, por exemplo? É algo divertido e, com certeza, vai descontrair estes ambientes. Faço muitas confraternizações de fim de ano também.
E quais são seus próximos shows?
Sempre disponibilizo a agenda de shows na bio do meu Instagram e nos stories. Mas, posso adiantar um show especial que farei em Setembro, no Teatro Gamaro, na Mooca. Neste show, estou agilizando para levar um famoso (ou quase famoso rs) para participar do quadro, e assim que confirmar, já posto nas redes sociais. A data do show será dia 6 de setembro, véspera de feriado, então já reservem a data para nos divertimos juntos!
Dizem que “rir é o melhor remédio”. Como você defende essa teoria?
Fato!. Eu mesmo já subi no palco com dias ruins e saí dele fortalecido. Fui fazer show pós falecimento de um tio próximo, num dia triste pra mim, fui fazer as pessoas rirem… e aquilo te alivia. Assim como a própria plateia, pós show, em várias oportunidades vieram me agradecer pela noite divertida que consegui proporcionar. Não somos médicos mas temos a receita pra curar muita dor, viu? (risos)
Considerações finais
Agradeço ao jornal VIVA A CIDADE NEWS pelo espaço e poder contar um pouco do meu trabalho, à jornalista Stefany Leandro pela simpatia e condução da entrevista e aos leitores que leram até aqui. Espero todos em um show meu, prometo tentar tirar uma gargalhada sua! Até uma próxima
Serviço:
Redes Sociais: @juniorsoareshumorContratação parcerias e shows: (11) 99744-5005
