Uma história sobre a construção visual do Sete de Setembro no Brasil, a exposição foi concebida em diálogo com “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro” – livro autoral dos próprios curadores da exposição.
Através de obras históricas e uma vitrine de objetos pertencentes à D. Pedro, a mostra pretende iluminar as narrativas imagéticas em torno de nossa emancipação política em 04 momentos-chave:
“Muitas nações se imaginam a partir de uma pintura, a qual, por sua vez, foi imaginada em diálogo com outras telas, muitas vezes estrangeiras. Aqui não foi diferente.”, explica o trio de curadores. Para eles, a tela do artista Pedro Américo (“Independência ou morte” – 1988) tem um sentido especial para a construção da nacionalidade do povo brasileiro: “De pintura encomendada pela Comissão construtora do Edifício-Monumento (futuro Museu do Ipiranga) em 1886, e apoiada por d. Pedro II – numa forma de homenagem de filho para pai – foi virando apenas uma ilustração; um retrato fiel do 7 de setembro às margens do Ipiranga, progressivamente despida de seu significado original, autoria e contexto.” – ressaltam.
Ao idealizarem a exposição, os curadores e a galeria tiveram a intenção de percorrer diferentes escolas pelo Brasil, levando uma visão plural e verossímil sobre a Independência da República aos alunos. Muito diferente do que foi retratado no quadro de Pedro Américo e em outras obras que D. Pedro encomendou para ilustrar este período, integraram os batalhões durante os conflitos armados mulheres, crianças, indígenas e negros escravizados, os verdadeiros “heróis da independência”.
Sobre os curadores
Comentários