Neste mês, o Espacio Gallery, em Londres (Inglaterra), sediou uma edição do projeto solidário “ArtShout – Artistas pela Paz” que reuniu arte, literatura e música em prol dos refugiados da Ucrânia. Entre os artistas convidados, estava a paulistana Paula Marsiglia Carrano (@arte_pmc), 49 anos, que expôs seus quadros no evento.

Em entrevista exclusiva ao Viva Cidade News (VCN), Paula – que é formada em Arquitetura de Interiores pela Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos – contou detalhes sobre seu processo criativo e comentou como foi o “ArtShout”. Confira:

VCN – Paula, como foi expor em Londres na “ArtShout – Artistas pela Paz” (de 19 a 24 de julho)?

Paula Marsiglia Carrano (PMC) – Foi uma surpresa! Fui convidada pela Marcia Bull, uma curadora de arte que tem uma ONG e estava junto com um grupo organizando essa exposição, Artistas pela Paz, na Espacio Gallery, em Londres, convidando novos artistas para participar desse movimento com suas artes. Foram mais de 20 artistas selecionados para essa exposição. O mais bacana é que uma porcentagem das vendas é doada para os refugiados da Ucrânia. Participar de uma exposição tendo a oportunidade de mostrar meu trabalho, em outro país, é um sonho se tornando realidade e ainda mais participando desse movimento lindo pela paz, é melhor ainda!

VCN – Como surgiu o seu interesse pela arte?

PMC – Sempre gostei muito das cores e formas da natureza, cores intensas e misturas me prenderam a atenção, desde que me conheço por gente. Tive muito interesse por reformas e decoração o que me levou a escolher a faculdade de Interior Design, onde aprendi muito a misturar as cores, sem medo, e a apreciar arte em todas suas formas.

VCN – Quais são os principais materiais utilizados na elaboração de cada quadro?

PMC – Meu trabalho é 100% feito a lápis de cor, pintura feita no papel e, às vezes, com pitadas de folhas de ouro. Tudo isso finalizado com uma linda dobradura, onde dou movimento e uma sensação 3D.

VCN – O seu trabalho traz diversos vincos, como desenvolveu essa técnica?

PMC – A ideia de dar movimento a arte fazendo com que o espectador descubra vários pontos de vista. Queria que as pessoas interagissem com a minha arte e com as dobraduras consegui esse efeito e movimento. Às vezes, são as bolas que se transformam em corações, cores que surgem na medida que você ‘anda’ com os olhos, sempre uma sensação diferente pelo olhar.

VCN – Atualmente, como sua arte pode ser definida?

PMC – Defino ela como contemporânea e moderna.

VCN – Como ocorre o seu processo criativo?

PMC – Meu processo criativo acontece da maneira mais natural possível. Em tudo que olho imagino formas e cores novas, vou guardando na memória ou faço um rascunho e guardo.

VCN– Tem mais alguma novidade que gostaria de compartilhar?

PMC – Estou com um artigo meu publicado na Itália (https://www.en.unirenellarte.org), que também foi muito bacana! De pouco em pouco, vou colocando meu pé em outros países e vendo meu trabalho sendo reconhecido mundo afora. 

Fonte: Jornal Viva Cidade News